Olá encaracoladas(os)!
Nesse post trago minhas impressões sobre o livro “Quando me
descobri NEGRA”, de Bianca Santana.
De início já afirmo que me identifiquei em muitos momentos
durante a leitura. Meu processo de autoreconhecimento como mulher negra foi
muito parecido com o da autora. Bianca, assim como eu, era chamada de
“morena/mulata” por não ter a cor da pele tão escura. Ela, que também é de uma família
de classe média, foi “branqueada” pela sociedade, na escola, no cursinho, na
universidade. Mas, assim como eu, é NEGRA, pois nossos traços e cabelos revelam
nossa etnia.
De acordo com o livro, ela se descobriu negra há 10 anos. Eu, me descobri negra, em abril de 2015, quando entrei em
transição capilar.
A obra apresenta uma série de relatos sobre experiências dela e
de outras mulheres e homens negros, que apontam o racismo velado de cada dia,
bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões
subjugadas.
"Quando me descobri NEGRA" é dividido em três partes. A primeira, intitulada Do que Vivi, traz as situações de
preconceito vividas pela autora. A segunda, intitulada Do que Ouvi, traz as situações de preconceito vividas por outras
pessoas ouvidas pela autora. E a terceira e última, intitulada Do que Pari, mistura as experiências
vividas e ouvidas, em forma de crônicas.
Um livro de fácil compreensão, curto, que pode ser lido em
poucos minutos, e que eu recomendo.
Sobre a autora:
Bianca Santana é
jornalista, professora da Faculdade Cásper Líbero e militante feminista. Mãe do
Lucas, do Pedro e da Cecília. Mestra em Educação pela USP, é autora do livro
didático de alfabetização de jovens e adultos ‘Aprender para contar’ e coautora
do livro ‘Recursos educacionais abertos’. ‘Quando me descobri negra’ é sua obra
literária inaugural.
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