quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Resenha: Livro - “Quando me descobri NEGRA”, de Bianca Santana


Olá encaracoladas(os)!

Nesse post trago minhas impressões sobre o livroQuando me descobri NEGRA”, de Bianca Santana.



De início já afirmo que me identifiquei em muitos momentos durante a leitura. Meu processo de autoreconhecimento como mulher negra foi muito parecido com o da autora. Bianca, assim como eu, era chamada de “morena/mulata” por não ter a cor da pele tão escura. Ela, que também é de uma família de classe média, foi “branqueada” pela sociedade, na escola, no cursinho, na universidade. Mas, assim como eu, é NEGRA, pois nossos traços e cabelos revelam nossa etnia.

De acordo com o livro, ela se descobriu negra há 10 anos. Eu, me descobri negra, em abril de 2015, quando entrei em transição capilar. 

A obra apresenta uma série de relatos sobre experiências dela e de outras mulheres e homens negros, que apontam o racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas.

"Quando me descobri NEGRA" é dividido em três partes. A primeira, intitulada Do que Vivi, traz as situações de preconceito vividas pela autora. A segunda, intitulada Do que Ouvi, traz as situações de preconceito vividas por outras pessoas ouvidas pela autora. E a terceira e última, intitulada Do que Pari, mistura as experiências vividas e ouvidas, em forma de crônicas.

Um livro de fácil compreensão, curto, que pode ser lido em poucos minutos, e que eu recomendo.

Sobre a autora:
Bianca Santana é jornalista, professora da Faculdade Cásper Líbero e militante feminista. Mãe do Lucas, do Pedro e da Cecília. Mestra em Educação pela USP, é autora do livro didático de alfabetização de jovens e adultos ‘Aprender para contar’ e coautora do livro ‘Recursos educacionais abertos’. ‘Quando me descobri negra’ é sua obra literária inaugural.




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